Na segunda-feira aproveitei uma longa conversa ao telefone para me deitar no chão do quarto com a cabeça para a varanda, a olhar para o céu. Numa primeira olhadela apenas se evidenciaram as luzes dos aviões. Mas tinha tempo, até estava uma noite confortável, com um vento morno, por isso, deixei-me estar a contemplar mais um pouco. Com o habituar dos olhos à escuridão, foi-se tornando evidente que, mesmo num ambiente repleto de poluição luminosa, consigo encontrar um céu estrelado. A única condição necessária para isso é de parar e dar tempo para que o aparente invisível se torne visível aos meus olhos. É impossível não continuar com um paralelismo para a minha vida e pensar na imensidão de coisas que me passam despercebidas, só porque vou demasiado rápido e me descuido na minha capacidade de admirar o que me rodeia. Ou nas inúmeras vezes que me deixo começar afundar numa espiral de negativismo e me esqueço de ir à procura destes pequenos e subtis pontos luminosos. Olhar para o céu e procurar estrelas ajuda a sonhar com a liberdade total de um pássaro, sem pensar em problemas nem contratempos, com toda a esperança e confiança do mundo.
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Escondido na Brisa
É interessante reparar como as folhas das árvores e mesmo as mais pequeninas flores se balançam alegremente com a mais discreta brisa, aquela que muitas vezes nos passa despercebida. Na maior parte das vezes, esquecemo-nos de saborear este leve sopro, do conforto que é baloiçar ao seu ritmo, e esperamos pelos ventos mais fortes, os que já incomodam, para nos fazermos conscientes da sua presença.
Gosto de fazer o exercício matinal de olhar para o céu e, no caminho para o trabalho, procurar sempre maravilhar-me pela beleza que se esconde em tudo aquilo que me rodeia, sobretudo naqueles dias em que sinto o coração mais delicado. É fácil apreciar a sublimidade divina nos dias em que a alegria do sol reveste tudo, mas também é possível procurá-la na expressividade dos céus cinzentos de chuva, que tantas vezes correspondem a um espelho daquilo que se vai passando no nosso interior. Gosto de olhar para a natureza e ver como vai respondendo e se vai adaptando às mudanças do tempo, como incentivo a que também eu me vá ajustando com essa suave harmonia ao passar do tempo e das fases na minha vida. Gosto de nas noites mais profundas poder descobrir um céu pontuado por infinitas estrelas ou uma lua cheia gigante que engole toda a escuridão. Gosto de correr ao ar livre ao fim do dia, da possibilidade que isso me abre de me deixar envolver pelo calor do sol e de me fortalecer com o abraço do vento.
Há sempre problemas para resolver, momentos de tristeza para digerir e momentos em que simplesmente tudo parece sair completamente ao lado daquilo que se projecta. Mas a serenidade que estes breves pontos de gratidão me permitem encontrar ajuda a que a recuperação dessas alturas de maior desolação seja mais tranquila. No fim de contas, aquilo que todos no fundo desejamos é sermos felizes e o fundamental é ir fazendo as escolhas que mais nos vão aproximando disso, com a plena consciência que é uma estrada tortuosa e não um caminho fácil.
“Começa por fazer o que é necessário, depois o que é possível e de repente estarás a fazer o impossível”
be happy
No meio de todos os fios condutores que regem a nossa vida, há um que deve ser central, o guia máximo das nossas decisões e dos objectivos que traçamos. Tudo o resto é secundário.
Uma boa semana!
Hábitos saudáveis
Uma excelente ideia para não deixar passar os dias uns atrás dos outros, tornar cada um deles especial e tomar consciência das pequenas coisas fantásticas que nos vão acontecendo diariamente.
Outras receitas…
Happiness is…
Procura-se
Setembro
Mais do que Janeiro, para mim Setembro é que é o mês de fazer novas promessas. O Verão permite reorganizar a cabeça e estabelecer novas prioridades, na tentativa de compreender o que é que falta para me sentir cada vez mais completa. É tempo de re-ler o ano anterior, juntar todos os pontos em que me senti feliz, ser-lhes fiel e dar-lhes mais tempo. Também os pontos em que a felicidade esteve de pernas para o ar foram analisados e permitem-me reconhecer aquilo que eu quero e preciso de mudar. Podia-me distrair, fazendo uma lista com 1001 pontos, mas como já me conheço relativamente bem prefiro comprometer-me apenas a querer ser feliz todos os dias e a encontrar sempre cada dia pelo menos um motivo para sorrir. Tudo o resto virá por acréscimo e quero acreditar que será muito bom. Claro que há no ar uma mistura de esperança e receio, mas penso que isso é sobretudo porque por vezes me prendo demasiado com a realidade do nosso mundo. Assim, acrescento ainda como objectivo sonhar alto, cada vez mais alto.